segunda-feira, 23 de julho de 2012

Brasil pode perder Grand Slam por causa das eleições


Anand e Kassab em 2011  Foto: André Vicente - Folhapress

O Brasil tinha tudo para sediar, pela segunda vez, um dos mais importantes torneios da elite magistral: o Grand Slam de Xadrez

Entretanto, devido ao período eleitoral no País, a Prefeitura de São Paulo está com dificuldades para liberar o investimento necessário e a prova corre o risco de não ser realizada na cidade.

Na edição do ano passado, todos os preparativos e acertos já estavam prontos desde o mês de maio (veja aqui a reportagem que a Rádio Xadrez divulgou na ocasião). 

Neste ano, porém, o atraso já é de dois meses e a organização técnica do evento aguarda somente a confirmação oficial da Prefeitura para anunciar o torneio em São Paulo, que começa em 24 de setembro.

Entre os organizadores brasileiros e os de Bilbao está tudo acertado. Inclusive, o próprio site de Bilbao afirma, desde março, que a prova de 2012 ocorrerá “provavelmente” em São Paulo. Isso já havia sido adiantado pela Rádio Xadrez: relembre aqui o que disseram os espanhóis na festa de encerramento do Grand Slam.

O que falta, realmente, é o apoio e a verba da prefeitura paulistana. Gilberto Kassab, atual prefeito da cidade pelo PSD (Partido Social Democrático), não concorre às eleições de 2012, mas apoia o candidato José Serra, do PSDB, e qualquer ação do atual governo é examinada com afinco pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelos concorrentes para saber se não há “marketing eleitoreiro” nelas. Somada à burocracia clássica em anos de eleições, a confirmação do Grand Slam no Brasil segue indefinida e sem data para ser confirmada.

QUEM VIRIA?

Se ocorrer mesmo no Brasil, o Grand Slam deste ano terá jogadores como o campeão mundial GM Viswanathan Anand, da Índia, o número 1 do ranking mundial GM Magnus Carlsen, da Noruega, o ex-campeão mundial GM Vladimir Kramnik, da Rússia, e o número 2 do mundo GM Levon Aronian, da Armênia. 

Mais dois nomes devem ser convidados para compor o torneio, uma vez que as vagas restantes, que seriam preenchidas pelos campeões de torneios que não ocorreram (Linares, Espanha, e Bazna, Romênia), estão em aberto.

Uma fonte próxima aos organizadores de Bilbao, que não quis se identificar, disse à Rádio Xadrez que o israelense GM Boris Gelfand e a húngara GM Judit Polgár já foram convidados para jogar a competição.

Se a Prefeitura não resolver os entraves a tempo, o Brasil pode ficar sem o torneio, uma vez que um patrocínio privado, a essa altura, está fora de cogitação pelos organizadores. No ano passado, eles bem que tentaram conseguir verba não-pública para realizar o Grand Slam, mas não houve interesse das empresas procuradas. 

Também não há a possibilidade de outra cidade brasileira conseguir bancar, às vésperas da competição, os gastos com a competição. 

* * *

Aos brasileiros, só nos resta esperar e torcer!

3 comentários:

Anônimo disse...

o fato não me parece sem solução.

é a velha historinha: alguém vai pagar o pato!

e esse pato vai ser um brasileiro.

Tiago, MG

Anônimo disse...

Acredito que suas fontes não são boas, seu artigo esta cheio de informacões incorretas, essa materia so reflete sua opinão sobre o tema, o Grand Slam vai acontecer em SP nas datas previstas. Consulte com a organização do evento antes de transmitir tanta desinformação .

Tads disse...

Prezado Anônimo, antes de mais nada, torço muito para que o torneio ocorra em SP sim.

A intenção da matéria é colaborar para que a situação se resolva o mais rápido possível.

A organização do torneio foi ouvida e outras fontes também, por isso publicamos o texto.

Agradeço e respeito sua opinião, embora discorde dela.

Tiago Santos - Rádio Xadrez

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